terça-feira, 17 de setembro de 2013

Centro Velho (Daniel Barreto)

Fecha a conta e finda o copo
Cruza esquinas sem sentido
Entre tantos transeuntes
Anda bambo o desvalido

Perde o rumo enfrenta os carros
Queima a baga entre os dedos
Uma ponta de esperança
Amansa e espanta seus medos

A vista embaça, vê dobrado
Os passos lentos na calçada
A boca seca e a vida amarga
Encharcam-se em mais mil tragos

Deixa a conta e sai batido
Perseguido pela sombra
Do garçom arrependido
De servir mais um coitado

E o infeliz aborrecido
Sem pai nem mãe, esquecido
Deseja que o fim se adiante
Pra abreviar seu destino

Fecha os olhos lá do alto
Pra acabar com essa tortura
Despenca pensando em nada
E é engolido pela rua

Pobre diabo foi sorrido
da própria sorte moribunda
Morreu sozinho na avenida
Do centro velho na segunda

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Meu Canto (Daniel Barreto)

É só acreditar e tudo torna-se verdade
A vida é só felicidade se você quiser
As dúvidas se esgotam
Surgem as respostas
Mas é claro amor!
Que não existem outras
Mentiras nem desculpas
Não consegue ver?
Que em tudo quanto é canto há só você

Então acreditar tornou-se só felicidade
É tão verdade essa vontade de só te querer
As dúvidas se esgotam e surgem as respostas
Mas é claro amor!
Que não existem outras
Mentiras nem desculpas
Não consegue crer?
Que em tudo que eu canto só há você
E que só vivo enquanto amar você

sexta-feira, 27 de julho de 2012

Elizabeth (Daniel Barreto/Renann Borges)

Venha cá meu amor diga logo o que quer, sem delongas.
Pra que causar tanta dor a quem muito te ama.
Diz pra´quele senhor
Que serás minha mulher
Fruto de um sonho maior vindo do mais alto pé
Amor, diga: "-Vamos!"
Não ousarei hesitar
Com um lindo beijo doce selarei nossos votos no altar.

Me diga se este não será o nosso último embarque para a Eternidade?

terça-feira, 22 de maio de 2012

De Quando em Vez. (Daniel Barreto)

Mal chego em casa me cobre de abraços,
Me enche de beijos e serve o jantar
Vez ou outra me nega um sorriso
E diz que é preciso pra eu não enjoar
Do enrosco dos pés, do carinho arrastado
Que adora me dar
De esnobar o cansaço, cansar-se um bocado e em ti repousar

De quando em vez
Me atiça ao deitar
E quando em vão
Insisto Resistir
De vez em quando eu ainda duvido o quão verdade você é
E quando em vão
Você teima em dormir
De quando em vez
Eu te faço sonhar
De quando em quando e sempre eu viverei junto à você meu bem.


quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Fria. (Daniel Barreto)


Bem sabes que eu nunca me canso de descansar do cansaço que é repousar nos teu braços

Tão cansados dos meus

Reclama que nunca te largo e eu enlargo o abraço, é um deleite o melaço

Do suor do teu frio
Declama que ama assim mesmo e prefere o sossego ao dormir
Que odeia grudar de calor
Mas a cama é pequena demais eu reforço o enlace das coxas
Tu finges dormir e sonhar


Decida-se por mim, assim tudo melhorará de vez, verás que nada mais importa além de mim, de nós. Decida-se e permita-se amar demais, antes que fique tarde pra você.

Bem sabes que eu sempre te mostro o descaso que é recusar teus abraços
Tão carentes dos meus
Não ouve que eu sempre me calo quando clamas Amor e insiste em me amar e amar no vazio?
Reclamo que amo assim mesmo e prefiro o sossego ao dormir,
Eu odeio grudar de calor.
Mas a cama é pequena demais eu desfaço o enlace das coxas,
Prefiro dormir e sonhar.

Melhor que você vá e assim tudo melhorará de vez, 
verás que tudo só importa enquanto há amor e isso eu jamais sentirei por ti, se vá! Antes que fique tarde pra você.




terça-feira, 2 de agosto de 2011

De Um Para o Outro. (Daniel Barreto)

E ele entristeceu de vez, e ao invés de amar-te mais
Trocou-te por alguém melhor que ao pesar de tudo foi capaz
de não tratá-lo mal, dividir em dois a dor

Gritos, só de amor
Choro, só de rir

E ele resolveu por fim e decidiu te abandonar
Pois agora tem um bem que lhe sorri só de olhar

Voltou a ser feliz
Cansou-se de você
E antes de partir, pediu me pra dizer
Que o amor é um bem maior e não tolera ódio, indiferença, descrença, discórdia nem mais rancor.

E ela enlouqueceu sem ti e decidiu se abandonar
à sorte de um amor vadio que apesar de tudo foi capaz
De só tratá-la mal, dedicar-lhe toda dor

Só lhe faz chorar
E grita ao lhe ouvir

E ela resolveu por fim e ao invés de amar-se mais
Adoeceu e em nada vive desde que você se foi

Deixou de ser feliz
Cansou-se de viver
E antes de partir, ousou lhe escrever
Que não há mal maior: desperdiçar um bem e que seu fim era morrer em paz de amor.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sabe o Sambinha? (Daniel Barreto)


E você nunca sabe bem o que quer,
Nos braços delas pra sentir-se melhor.

Se te entendo? Eu te conheço mulher, sei que me quis pra evitar o pior
Que é estar só e não amar mais ninguém.

Fantasiar aquela velha invenção (casa, marido, filhos, um cão e fogão)
E ter alguém pra lhe querer pro seu bem

Meu bem, de hoje em diante eu desisto de você, que jamais se decide se me quer mesmo, pra ti dou meu adeus, sem recusar um abraço teu antes do fim que nem sequer recomeçou enfim


Me beija amor, sem ele ver
e guarda aqui seu bem querer


quarta-feira, 25 de maio de 2011

Primeira Vez

De calafrios vai sofrer
Em suor frio vai chorar
Enquanto subverter
Sua vontade de amar

O seu desejo de estar
É sufocado por dor
E todo esse pudor
É só desejo de dar
beijo, prazer e cobertor

Portanto finges nem ver
E me provoca ao andar
E ao desviar do querer
Esbarra nos olhos em ti

E mesmo sem perceber
Apruma o seu caminhar
Seus passos pisam meus pés
Não há mais o que procurar
Me escolheu pra crescer

Então diz que não decidiu
Se me convida a entrar
Ou me faz desistir de esperar
Enquanto não confiar
Que deflorar-te em amor
Não trará choro só dor
de sofrer a perda de um
Do outro ir sem adeus

Preciso comprometer
Que é pra casar e morrer
Papel, festa e anel
Cama e casa
Comida e céu

terça-feira, 19 de abril de 2011

Quer Saber? (Daniel Barreto)

Quer saber se ela pensa em você?
Ela quase nem lembra de ti.
Só em "causos" que ela adora contar
Atitudes de um pobre infeliz
Que tu és ao esconder-lhe o amor
E insistir em negar-lhe o prazer
Que tão bem eu fiz em despertar... Quer saber?

Agora ela geme de amor,
Grita alto pra quem quer ouvir
Que de tudo eu sou o melhor
E o melhor é poder escolher
Quer saber ela deixou de crer
Que gozar é pecar e cuspir contra Deus... Mas que deus é esse aí...?

Que proíbe perfume e batom
Que agora ela adora usar
Ela ama sair pra dançar
Embriago-a de língua e Chandon
Hoje é livre e pode voar
Veste salto, decote e colar
Esqueceu-se do seu proibir e de ti.

(Refrão)
Deixo-a viver
Faço-a sorrir
Ajeito-a no peito pra dormir e rir e desistir de achar que você é "o que há!"
Ela quer é morder e abraçar, se esbaldar, divertir-se em braços febris.

Quer saber, se a vir não vais reconhecer.
É capaz de chorar a nos ver tão feliz, Quer saber?
saberá que viver sem amar é pior que morrer sem amor.

"Nóis tudo reunido aqui"

Enjoy your time without me, Darling
I never loved you truly, never felt?
your tears do not convince me to go back to bed


If you wanna take my hands crying, 
And scratch my arms with anger
I'll be leaving anyway



domingo, 20 de março de 2011

Clara (Daniel Barreto)

Não olhe pra baixo
Não disfarce o cansaço
Não me use de trapo
Que eu não nasci pra limpar seu descaso

Com meu amor verdadeiro
Que eu lhe entreguei por inteiro
Não se faça de morta, não se finja de torta, encaminhe seus passos.

Se prefere esquecer....E lembrar te faz rir...
É um direito tão seu sentir um medo danado de viver só pra mim

Não olhe pra baixo
Nem me fale de lado
Este teu rabo de olho que envelhece teu rosto e admites enfim

De que gostas de mim....  E que preferes morrer
Se por acaso eu disser que amo outra mulher e já não quero você

Eu cobriria tuas costas de manhã
Faço café e um cafuné como ninguém
Vou te ensinar a arranhar o violão
Enquanto canto o quanto você me faz bem

E vê se deixa de olhar só para o chão
E me acorda de manhã com seu sorrir
Que eu te preparo aquele Karo com maçã
E te ajudo a abotoar o "sutiã"

Me aproveite enquanto quero só você
E eu te abraço sempre que você pedir
Só nos meus braços dormirás como um bebê
E eu sem os teus não sonho mais sou só sem ti.

Eu não trabalho de domingo e a gente pode namorar
Vem cá meu bem que o dia é curto e curta é a vida a nos levar
Cada minuto nesta cama é todo nosso o grande amor
Que felizmente abraça a gente e é reconfortador

Não se preocupe com a hora, vá se embora de manhã
E avisa lá na sua casa que de vez você virá pra mim

sexta-feira, 18 de março de 2011

18:18 (Daniel Barreto)

Depois da tristeza, felicidade dobra
E a saudade é sobra do que se acabou
Desarme o amargor, pois quando ele se for
Sempre surge um novo amor pra recompensar


Mas sem a tristeza a felicidade cobra
Mais saudade e a sobra do que se apagou
Tropeço em desamor e recuso acreditar
Que todo fim de um grande amor é elementar


13:13 Que tu és, aos gritos, louca a me julgar
Diz que meus olhos são pra ti
E não pra desobedecer
As tuas ordens vou seguir
Sem me importar com o falar
dos infelizes por aí
Que vão morrer sem te provar


(00:00)
Esqueço que um dia resolvi te procurar
Aceito finalmente que não queres mais me ver
Quem bate sempre esquece, e quem apanha quer morrer,
Era tudo tão perfeito até você enlouquecer...
E virar as madrugadas a brigar sem ter razão,
E jogar tudo pro alto, dar me as costas e escrever
Que sentia que queria e seguia outra paixão...
-Vaza então daqui, mas deixa o coração!

segunda-feira, 14 de março de 2011

A-MA-LA (Daniel Barreto)

Ei, aonde é que você vai com essa mala aí? Você nem me dará a chance de decidir se eu pretendo deixá-la ir?
Viu, a gente sempre vai sorrir, sentir, amar... É só mais uma briga não precisa exagerar, é sério então que eu decidi que vais ficar..
Ei, aonde cê pensa que cê vai com esta mala aí vem cá, volta aqui!
Deixe-me o retrato que eu tirei e que eu guardei pra algo assim quando tiver que se afastar de mim.

Saiba que sem ti não sei viver ( Mas viver com você não dá mais)
E viver sem ti não há por que (Porque não há Amor sem Querer)

Vou indo pois já não há mais sorrir e o sofrer supera o amar e apenas um sentir amor não justifica o caminhar
Eu sinto tanto pelo tempo que perdemos machucando o coração em vão.

Saiba que sem ti já sei viver (Mas viver sem você não dá mais)
E viver por ti não há por que (Por quê não há amor sem querer?)

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Adeus. (Daniel Barreto)

Me calo então, já que decides separar
O teu corpo e o meu pra sempre, mas não vou impedir
Que aquele amor que fez eu me apaixonar
Insista em vão que vá rever seu decidir
que já é hora de a gente se mudar
E cada um mudar a vida e ser feliz
em outros lábios e abraços, vai saber?
Difícil mesmo nestas horas não sentir
Louco ciúmes e vontade de te ver.
Que me farão rodar o mundo a perguntar
quantos amores lambuzaram-se em você,
E em quantos braços 'cê dormiu pra me esquecer?
Desejo, enfim, que não consigas mais amar
Com a mesma força com que feriu meu coração
E que agora só, já não me deixa outra opção
que é a de esperar você voltar pros braços meus
Que estarão fortes pra surrar seu novo amor
se resolveres exibi-lo por aí
E diga a ele que lhe trate muito bem
pois minha vida depende do seu sorrir

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Isso é Tudo sobre Ela (Daniel Barreto/Yonnas Paul Moraes)

Então cale-se que agora é minha vez de vomitar promessas tuas que me farão gargalhar
Já não se lembras de jurar em transformar aquele nosso puxadinho em Lar?


E geraria três meninas que no fim do árduo dia abençoariam o que está por vir
E o teu falar me faz lembrar que serão longos os segundos sem o teu sorrir

Engole a voz tão trêmula e dissimulada e ouve bem que é minha vez de te matar de rir
Ao confessar todas as horas e as insônias que sofri pra te velar dormir


E aqueles puros palavrões pronunciados e os gritos loucos abafados por orgasmos falsiê?
Fostes a única a me fazer temer a morte e hoje sei que tive sorte me afastando de você

(Refrão)
Estou curado foram só algumas horas que levei pra te esquecer
Os bons amigos uns sons de fossa e algumas drogas me livraram de você


She killed me inside,
And hurt me again
So forever i go
No time to pretend


I´m not gonna forget her now
I´ll just leave her